Jogo de damas, de Myriam CampelloJogo de damas Autora: Myriam CampelloJogo de damas Autora: Myriam CampelloJogo de damas Autora: Myriam Campello

02.07.2012 - Livro

 

Sobre o livro

Ana, filha de Julia, é estraçalhada por um pit bull na pracinha aos 4 anos. Em função desse ataque, Ana morre. É assim que começa o novo romance de Myriam Campello, Jogo de damas: impactante, traumático e violento. Aos poucos, da dor da personagem vai nascendo o desejo de vingança pelas próprias mãos. “Não vai ficar assim”, é a resposta de Julia às armadilhas da vida. Trata-se aqui da antiga lei dente por dente, olho por olho, ou de uma tentativa de redenção por meio da vingança?

Neste romance, estão em jogo as estratégias que buscam a libertação de conflitos existenciais desencadeados, muitas vezes, por acontecimentos fortuitos. A obsessão da protagonista ganha corpo em uma narrativa que parece misturar o melhor do existencialismo francês e das obras de suspense.

Conforme Adriana Lunardi, “Myriam Campello é conhecida pela prosa exata e radicalidade com que suas criaturas expressam os sentimentos. [...] a autora dá contornos ao que se poderia chamar de tragédia contemporânea, na qual o ultraje tem direito ao revide. ‘A perfeita dor é igual à perfeita bala’, argumenta a protagonista, orientando-se para a ação. Jogo de damas tem a mesma simetria, da primeira à última página”.

Sobre a autora

Myriam Campello nasceu no Rio de Janeiro. É contista, romancista e tradutora. Recebeu o prêmio Fernando Chinaglia II em 1972 pela publicação do romance Cerimônia da noite, seu livro de estreia. É autora de Sortilegiu (1981, romance), São Sebastião Blues (1983, romance), Sons e outros frutos (1988, contos) e Como esquecer (2003, romance). Tradutora, entre outros, de Georges Simenon, Stephen King e Virginia Woolf.

Jogo de damas é um romance de personagens que armam, jogada após jogada, a trama que irá corrigir um destino ingrato. O leitor encontrará uma narrativa de suspense num texto impecável e inteligente, que faz o gênero encontrar uma expressão finamente literária. Enquanto Julia planeja a justiça pelas próprias mãos, as linhas do subtexto jogam ironias sobre os seus planos. A atmosfera gótica do livro endossa o pensamento sombrio das personagens e cria miragens de leitura. Fique o leitor avisado. Cada capítulo traz uma nova e inquietante verdade.”

Adriana Lunardi