Perdido de volta, de Miguel Gullander

29.06.2012 - Livro


Múltiplas narrações, lendas vikings e filosofia zen no novo romance de Miguel Gullander

SOBRE O LIVRO

No romance de Miguel Gullander, jovem autor luso-escandinavo que a editora Língua Geral apresenta aos leitores brasileiros, “Perdido de volta”,  é o nome da van que um dos personagens pega na Ilha do Fogo, em Cabo Verde.  Uma van — ou “carrinha”, como escreve o autor — cujo motorista dirige por caminhos aleatórios, mas sempre encontrando o destino desejado pelo passageiro.

Gullander mistura vidas muito diferentes nas páginas de Perdido de volta. Há um velho pedófilo, uma aeromoça de meia-idade, um professor-escritor caído em desgraça, um dealer. Profundo conhecedor das lendas vikings, de filosofia zen e do folclore africano, o autor mostra seus tipos engolfados pelo Maelström, o redemoinho gigante das histórias populares escandinavas. Alucinações, sonhos, peças em Estocolmo, o mundo de ficção criado pela literatura e rituais populares na Ásia e na África se misturam à barbidjáka, droga usada em cerimônias para expansão da consciência e que o personagem-escritor do romance aprende a metabolizar no próprio corpo.

 “É uma história sobre personagens em busca de quem são, além dos papéis e das máscaras que forjaram para si mesmos”, explica Gullander. “Na África, acredita-se que, de todos os caminhos que se apresentam para alguém na vida, apenas um deles é o verdadeiro, é o destino, aquele em que a linha da coragem cruza a do coração.”

Os personagens de Perdido de volta estão à procura deste caminho.

SOBRE O AUTOR

Miguel Gullander é filho de mãe sueca e pai português; tem 32 anos. Já foi barman em Londres, apesar de ser abstêmio, e traduziu as lendas vikings do inglês para o português. Vive na África desde que deixou a Suécia, em 2001. Já morou em Cabo Verde e Moçambique e, atualmente, é professor de português em Angola. Publicou seu primeiro livro, Balada do marinheiro-de-estrada, em 2005, pela editora portuguesa Cavalo de Ferro.